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          Marcos 16:15
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Marcos 16:15
Lição da Escola Sabatina
 
Do orgulho à humildade
VERSO PARA MEMORIZAR: “Quão grandes são os Seus sinais, e quão poderosas, as Suas maravilhas! O Seu reino é reino sempiterno, e o Seu domínio, de geração em geração” (Dn 4:3).

LEITURAS DA SEMANA: Dn 4:1-37; Pv 14:31; 2Rs 20:2-5; Jn 3:10; Fp 2:1-11

O orgulho tem sido considerado o verdadeiro pecado original. Ele foi manifestado primeiramente em Lúcifer, um anjo nas cortes do Céu. Deus disse por intermédio de Ezequiel: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; ­lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem” (Ez 28:17).
O orgulho levou à queda de Lúcifer, e agora Satanás usa esse orgulho para levar inúmeros outros à destruição. Somos todos seres humanos caídos, dependentes de Deus para nossa existência. Todos os dons que temos, tudo o que realizamos com esses dons vêm somente de Deus. Portanto, como ousamos ser orgulhosos, jactanciosos ou arrogantes quando, na realidade, a humildade deveria dominar tudo o que fazemos?
Levou muito tempo para que Nabucodonosor compreendesse a importância da humildade. Mesmo com o aparecimento do quarto homem na fornalha ardente, como vimos na lição da semana passada, o rei não mudou o rumo de sua vida. Somente depois que Deus lhe tirou o reino e o enviou para viver com os animais do campo, o rei reconheceu sua verdadeira condição.
Sábado à tarde
Domingo
Não é esta a grande Babilônia?

1. Leia Daniel 4:1-33. O que aconteceu com o rei? Por quê?

Deus concedeu a Nabucodonosor um segundo sonho. Dessa vez, o rei não se esqueceu do sonho. Mas, como os especialistas babilônicos haviam fracassado novamente, o rei convocou Daniel para apresentar a interpretação. No sonho, o rei tinha visto uma grande árvore que alcançava o Céu e um ser celestial ordenando que ela fosse cortada. Somente o toco e as raízes deveriam ser deixados na terra e seriam molhados com o orvalho do Céu. Mas o que deve ter perturbado Nabucodonosor foi a parte do sonho em que o ser celestial disse: “Seja mudado o seu coração, para que não seja mais coração de homem, e seja-lhe dado coração de animal; e passem sobre ele sete tempos” (Dn 4:16, ACF). Reconhecendo a gravidade do sonho, Daniel educadamente expressou o desejo de que o seu conteúdo se referisse aos inimigos do rei. Porém, fiel à mensagem transmitida no sonho, Daniel revelou que se tratava do próprio rei.
As árvores são comumente usadas na Bíblia como símbolos de reis, nações e impérios (Ez 17; 31; Os 14; Zc 11:1, 2; Lc 23:31). Portanto, a grande árvore era uma representação apropriada de um rei arrogante. O Senhor havia concedido a Nabucodonosor domínio e poder; no entanto, ele persistentemente falhou em reconhecer que tudo o que possuía vinha de Deus.

2. De acordo com Daniel 4:30, qual declaração do rei revela que ele ainda não compreendia a advertência que o Senhor lhe havia comunicado?

Talvez, algo muito arriscado em relação ao orgulho seja o fato de que ele nos leva a esquecer quanto somos dependentes de Deus para todas as coisas. E uma vez que nos esquecemos disso, estamos em terreno espiritual perigoso.

O que você já realizou em sua vida? Você pode se alegrar com elas sem ser orgulhoso?
Ano Bíblico: Êx 28, 29
Ano Bíblico: Êx 24-27
Segunda-feira
Advertido pelo profeta

3. Leia Daniel 4:27. Além da advertência sobre o que ocorreria, o que Daniel pediu que o rei fizesse? Por quê? (Ver Pv 14:31). Assinale a alternativa correta:
A.(  ) Que ele abandonasse os pecados e fosse misericordioso para com os pobres, pois assim seus dias seriam prolongados.
B.(  ) Que o rei libertasse os hebreus cativos em Babilônia, pois isso estava sendo uma maldição em sua vida.

Daniel não apenas interpretou o sonho, mas também indicou a Nabucodonosor uma solução: “Aceita o meu conselho e põe termo, pela justiça, em teus pecados e em tuas iniquidades, usando de misericórdia para com os pobres; e talvez se prolongue a tua tranquilidade” (Dn 4:27).
O rei havia realizado uma vasta obra de construção em Babilônia. Os jardins, um sistema de canais e centenas de templos e outros projetos transformavam a cidade em uma das maravilhas do mundo antigo. Contudo, esse esplendor e beleza, pelo menos em parte, foram conseguidos mediante a exploração de mão de obra escrava e negligência em relação aos pobres. Além disso, a riqueza do império havia sido usada para satisfazer os prazeres do rei e de seu entorno. Portanto, o orgulho de Nabucodonosor não apenas o impediu de reconhecer a Deus, mas também o fez ignorar as dificuldades dos necessitados. Tendo em vista o cuidado especial que o Senhor demonstra para com os pobres, não é de surpreender que, dos outros pecados que Daniel poderia ter destacado perante o rei, ele tivesse escolhido o pecado de negligenciar os pobres.
A mensagem ao rei não era algo novo. Os profetas do Antigo Testamento frequentemente advertiram o povo de Deus contra a opressão aos pobres. De fato, preeminente entre os pecados que provocaram o exílio do rei estava a negligência para com os necessitados. Afinal, a compaixão pelos pobres é a mais alta expressão da caridade cristã; por outro lado, a exploração deles constitui um ataque ao próprio Deus. Ao cuidar dos aflitos, reconhecemos que Deus é o Proprietário de todas as coisas, o que significa que nós não somos os donos, mas meros mordomos da propriedade divina.
Ao servir aos outros com nossas posses, honramos a Deus e reconhecemos Seu senhorio. É a Sua propriedade que, em última análise, deve determinar o valor e a função das posses materiais. Nabucodonosor falhou nesse ponto, e corremos o risco de fracassar também, a menos que reconheçamos a soberania de Deus sobre nossas realizações e manifestemos nosso reconhecimento dessa realidade ajudando os necessitados.
Terça-feira
O Altíssimo tem domínio

Apesar do conselho para se arrepender e buscar o perdão do Senhor, o orgulho implacável de Nabucodonosor fez com que o decreto celestial fosse executado (Dn 4:28-33). Enquanto o rei andava em seu palácio e louvava a si mesmo pelo que havia realizado, ele foi afligido por uma condição mental que forçou sua expulsão do palácio real. Nabucodonosor pode ter sofrido de uma condição mental patológica chamada licantropia ou zoantropia clínica. Essa condição leva o paciente a agir como um animal. Nos tempos modernos, essa doença tem sido chamada de “disforia de espécie”, a sensação de que o corpo da pessoa é da espécie errada e, por isso, existe o desejo de ser um animal.

4. Leia 2 Reis 20:2-5; Jonas 3:10 e Jeremias 18:7, 8. Levando em consideração esses textos, o rei teve a chance de evitar o castigo? Assinale a alternativa correta:
A.(  ) O castigo poderia ter sido evitado; porém, Nabucodonosor permaneceu irredutível em seu orgulho.
B.(  ) O castigo não poderia ter sido evitado, pois o rei estava predestinado a sofrer essa humilhação.

Infelizmente, Nabucodonosor precisou aprender da maneira mais difícil. Quando esteve investido do poder real, ele não havia sido capaz de refletir sobre seu relacionamento com Deus. Assim, ao privar o rei da autoridade real e enviá-lo para viver com os animais do campo, o Senhor lhe deu uma oportunidade de reconhecer sua total dependência Dele. A lição suprema que Deus desejava ensinar ao rei arrogante é que “o Céu domina” (Dn 4:26). De fato, o juízo sobre o rei tinha um propósito ainda maior no desígnio do Criador, conforme tão claramente expresso no decreto dos seres celestiais: “A fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens; e o dá a quem quer e até ao mais humilde dos homens constitui sobre eles” (Dn 4:17).
Em outras palavras, a disciplina aplicada a Nabucodonosor também deveria ser uma lição a todos nós. Por pertencermos ao grupo dos “viventes”, devemos prestar mais atenção à lição principal: “o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens”.

Por que é tão importante aprender a lição de que o Altíssimo tem domínio? Por exemplo, como esse conhecimento deve impactar a maneira pela qual tratamos aqueles sobre os quais temos poder? O que devemos mudar em nossa atitude?
Ano Bíblico: Êx 32, 33
Quarta-feira
Levantando os olhos para o Céu

5. De acordo com Daniel 4:34-37, como e por que as coisas mudaram para o rei?

Deus permitiu que Nabucodonosor fosse acometido por uma doença estranha, mas no fim Ele prontamente o restaurou a um estado mental sadio. Curiosamente, tudo mudou quando, ao final dos sete anos preditos pelo profeta, o rei enfermo levantou os olhos para o Céu (Dn 4:34).
“Durante sete anos Nabucodonosor foi um espanto para todos os seus súditos; por sete anos foi humilhado perante todo o mundo. Então sua razão foi restaurada, e, levantando os olhos em humildade ao Deus do Céu, ele reconheceu a mão divina no seu castigo. Numa proclamação pública admitiu sua culpa e a grande misericórdia de Deus em sua restauração” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 520).
Certamente, grandes mudanças podem acontecer quando levantamos nossos olhos para o Céu. Assim que o rei recobrou a compreensão, ele deu provas de que havia aprendido a lição.
Mas essa história não é tanto sobre Nabucodonosor, mas sobre a misericórdia do Criador. O rei tinha perdido três oportunidades anteriores de aceitar o Deus de Israel como o Senhor de sua vida. Essas circunstâncias oportunas ocorreram (1) quando ele reconheceu a sabedoria excepcional dos quatro jovens cativos da Judeia (Dn 1); (2) quando Daniel interpretou seu sonho (Dn 2); e (3) quando os três homens hebreus foram resgatados da fornalha ardente (Dn 3). Afinal de contas, se aquele resgate não o humilhou, o que o humilharia? Apesar da teimosia do governante, Deus lhe concedeu uma quarta chance; Ele finalmente conquistou o coração do rei e o restaurou ao seu ofício real (Dn 4). Como o caso de Nabucodonosor ilustra, Deus concede uma chance após outra para nos restaurar a um relacionamento justo com Ele. Como Paulo escreveu muitos séculos depois, o Senhor “deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2:4). Vemos nessa história um exemplo poderoso dessa realidade.

Você já foi humilhado por Deus? O que aprendeu com essa experiência? Quais mudanças precisa fazer para não ter que “aprender a lição novamente”?
Ano Bíblico: Êx 34-36
Quinta-feira
Humilde e grato

6. O rei arrependido declarou: “Todos os moradores da Terra são por Ele reputados em nada” (Dn 4:35). Dado o contexto, que ponto importante ele estava apresentando?

Como sabemos que Nabucodonosor aceitou genuinamente o Deus verdadeiro? Encontramos uma grande evidência no fato de que o próprio rei é o autor do capítulo 4 de Daniel. A maior parte desse capítulo parece ser uma transcrição de uma carta que o rei distribuiu a seu vasto reino. Nessa carta, o rei falou sobre seu orgulho e insanidade e reconheceu humildemente a intervenção de Deus em sua vida. Os monarcas antigos raramente escreviam qualquer coisa depreciativa a respeito de si mesmos. Praticamente todos os antigos documentos reais que conhecemos glorificam o rei. Um documento como esse, portanto, no qual o rei admitia seu orgulho e seu comportamento bestial, indica uma genuína conversão. Além disso, ao escrever uma carta contando sua experiência e humildemente confessando a soberania do Senhor, o rei estava agindo como um missionário. Ele não podia mais guardar para si o que tinha vivenciado e aprendido com o verdadeiro Deus. O que vimos então, na oração e no louvor do rei (Dn 4:34-37), revela a realidade de Sua experiência.
Ele passou a ter um conjunto diferente de valores e reconheceu as limitações do poder humano. Em uma profunda oração de ação de graças, exaltou o poder do Deus de Daniel e admitiu que “todos os moradores da Terra são por Ele reputados em nada” (Dn 4:35). Ou seja, o homem não tem nada do que se vangloriar. Portanto, esse último vislumbre de Nabucodonosor no livro de Daniel mostra um rei humilde e grato, cantando louvores a Deus e nos advertindo contra o orgulho.
Evidentemente, o Senhor continua a mudar corações hoje. Não importa quanto possam ser orgulhosos ou pecaminosos, no Altíssimo há misericórdia e poder para transformar pecadores rebeldes em filhos do Deus do Céu.

7. Leia Filipenses 2:1-11. O que encontramos nesse texto que deveria erradicar o orgulho em nossa vida?

Ano Bíblico: Êx 37, 38
Sexta-feira
Estudo adicional

“O outrora orgulhoso rei tinha se tornado um humilde filho de Deus; o governante tirânico e opressor havia se tornado um rei sábio e compassivo. Aquele que tinha desafiado o Deus do Céu e Dele blasfemado reconhecia então o poder do Altíssimo e fervorosamente procurou promover o temor de Jeová e a felicidade dos seus súditos. Sob a repreensão Daquele que é Rei dos reis e Senhor dos senhores, Nabucodonosor tinha afinal aprendido a lição que todos os reis precisam aprender, de que a verdadeira grandeza consiste na verdadeira bondade. Ele reconheceu Jeová como o Deus vivo, dizendo: ‘Eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico ao Rei dos Céus, porque tudo o que Ele faz é certo e todos os Seus caminhos são justos. E Ele tem poder para humilhar aqueles que vivem com arrogância’ (Dn 4:37, NVI).
“O propósito de Deus de que o maior reino do mundo mostrasse Seu louvor estava então cumprido. Essa proclamação pública, em que Nabucodonosor reconheceu a misericórdia, bondade e autoridade de Deus, foi o último ato de sua vida registrado na história sacra” (Ellen G. White,
Profetas e Reis, p. 521).

Perguntas para discussão
1. “O orgulho leva a todos os outros vícios; é o estado mental mais oposto a Deus que existe [...]. Quanto mais orgulho uma pessoa tem, menos gosta de vê-lo nos outros. Se quer descobrir quão orgulhoso você é, a maneira mais fácil é se perguntar: ‘Quanto me desagrada que os outros me tratem como inferior, ou não notem minha presença, ou interfiram nos meus negócios, ou me tratem com condescendência, ou se exibam na minha frente?’ A questão é que o orgulho de cada um está em competição direta com o orgulho de todos os outros. Se me sinto incomodado porque outra pessoa fez muito sucesso na festa é porque eu mesmo queria alcançar o grande sucesso. Dois bicudos não se beijam” (C. S. Lewis, Cristianismo Puro e Simples. Martins Fontes, 2005, p. 44). Como as palavras de Lewis podem ajudá-lo a ver o orgulho em sua vida?
2. Um tema visto em Daniel 4 e nos outros capítulos é a soberania de Deus. É importante compreender esse assunto? Como o sábado nos ajuda a entender essa verdade crucial?
Ano Bíblico: Êx 39, 40
Ano Bíblico: Êx 30, 31